A toda a hora encontro locais com promoções dos nossos vinhos, sempre naquela lógica de que os vinhos Portugueses são os melhores.
Só que em Portugal, uma garrafita de vinho custa mais que o almoço todo.
Parece-me que quem está a destruir o hábito de beber vinho, que é até muito mais saudável que qualquer água gasosa com açúcar e sumo artificial, são os próprios divulgadores do precioso líquido e as leis que o regulam.
Há dias almoçava no Manjar do Marquês, ali na entrada de Pombal. O saboroso arroz de tomate com um panado convidava a um copito. Pedi que me servissem uma taça de vinho tinto. Não é permitido. E lá tenho que optar por um copo de cerveja.
Meus senhores, vamos lá a raciocinar. Porque não se vende o vinho ao copo, ou à taça?
Se para mim chega um copo de vinho para misturar o arrozinho, porque hei-de comprar uma garrafa?
Não será por isso que os nossos jovens deixaram de beber vinho para se enfrascarem na Coca Cola, a que nós os habituámos, só porque não tínhamos nem temos possibilidade de comprar uma garrafa inteira?
Costumo almoçar num restaurante em Braga, os Silvas. Aí bebe-se vinho de variadas marcas, servido ao copo.
E, se nós temos garrafas pequenas para os sumos, porque não ser obrigatório comercializar qualquer vinho em pequenas garrafas para refeições individuais?
Iriam ver que os nossos vinhos voltariam a ter muito mais clientes.
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