É uma vez uma Mãe. Não, não é a do anúncio, que diariamente nos massacra através da rádio e da TV.
Mas agora, a vista começou a ressentir-se de muita canseira. Bateu à porta do hospital, em Coimbra, para uma pequena operação às “cataratas”.
A mãe reúne o senado familiar e contadas as notas do “taleigo”, fruto de alguma poupança da mitigada reforma, ali se decide:
-A saúde não tem preço e “que se lixe” o serviço social! Toca a operar numa clínica particular!
Em 15 dias resolve-se o assunto.
E esta mãe, volta a ver melhor, excepto as 460 notas da operação.
Entre 20 a 40 pessoas são operadas num só dia!
Assim é que é trabalhar! Que belo exemplo para o Hospital público!
E agora sou eu a pensar com os meus botões:
Em Santiago de Compostela vai terminar a Capital da Cultura com um orçamento de 5 milhões. Mas com um orçamento de 42 milhões o Porto inicia, daqui a dias, a Capital da Cultura.
Um diário informa que o projecto para o Casal Ventoso pode parar por falta de verba. Uma revista informa que as aldeias do interior estão a ficar desertas.
Mesmo assim, um hospital do interior não dá vazão às operações aos olhos!
Conclusão: Ou está tudo cego ou algo vai mal neste reino de Portugal!
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