"ENTRE NÓS E AS PALAVRAS,
O NOSSO DEVER DE FALAR"
Mário Cesariny, in:Pena Capital
Sobre artigo na revista Visão
IGUALDADE UMA OVA, SUA HIPÓCRITA!
Cara Clara Pinto Correia,
Li o seu artigo “O meu trabalho”.
Ser mãe é difícil, como ser mulher o é, como ser homem o é, como se “eu” o é.
Quando ouço falar em igualdade, penso que, quem a deseja ou entende que tem direito a ela, está distorcendo as coisas.
Nunca a igualdade é possível, a não ser em relação às leis gerais.
Não podemos mudar a Natureza. Ser mãe não é o mesmo que ser pai. Na raça humana ou qualquer outra.
E também no trabalho. Que igualdade? Está bem para si que escreve. Mas a maioria das mulheres não podem ser escritoras nem andar de hotel em hotel em congressos.
E quem tem que andar em congressos, forçosamente não pode ser mãe, a não ser que tenha quem a substitua. Sejamos realistas.
Tenho quatro empregadas. Todas boas profissionais. No entanto, limitadas em relação aos seus colegas, pelo facto de serem mulheres e serem mães (algumas).
Quando numa empresa é necessário fazer maior esforço, Quem vai? Os homens;
Quando é preciso executar trabalho fora da empresa por mais que um dia, quem vai? Os homens.
E não falemos no facto da maternidade. Temos que a respeitar. Mas será justo uma mulher empregar-se e depois informar que está grávida?
Não é a gravidez um factor de desigualdade?
Por mais leis que se façam, nada mudará a Natureza.
A não ser que criemos uma sociedade desumana e, como diz, de hipócritas.