VALE A PENA LER...tudo até ao fim.
O FUNCIONÁRIO UBÍQUO
O PENSIONISTA
Por ser Presidente da República Sr. Prof. Cavaco Silva perde a subvenção vitalícia que tinha por ter sido 1º ministro que é de 2.876.€.No futuro ficará com a subvenção de Presidente, igual ao ordenado de 7.100.€ (base de refª. 2006).Tem ainda 2 (duas) reformas; uma do Banco de Portugal de 2.679.€ (donde saíu em 2004) e uma ca Caixa Geral de Aposentações, por ter sido prof. catedrático, de 5.007.€.Quando era prof. na Católica, tinha ordenado por aquela instituição.
Devemos TODOS fazer sacrifícios ? Claro que devemos !
Fonte :Agência financeira - 26/01/2006.
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O ACCIONISTA
Cavaco ganhou €147 mil com a SLN
Presidente da República vendeu 105.378 acções em 2003 por €2,4 cada, que tinha comprado por €1. Mais uma vez, Cavaco não comenta.
Pedro Lima, Isabel Vicente e Nicolau Santos*
18:30 Sábado, 30 de Maio de 2009
A passagem de Cavaco Silva pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), como accionista, foi lucrativa. O Presidente da República (PR) vendeu em Novembro de 2003 as 105.378 acções que tinha da SLN - empresa que até Novembro controlou o Banco Português de Negócios (BPN) -, por €2,4 cada. Tendo em conta que as tinha comprado em 2001 por €1, Cavaco obteve, com este negócio, ganhos de €147,5 mil.
Também a sua filha Patrícia era uma pequena accionista da SLN e vendeu 149.640 acções na mesma altura que o pai, pelos mesmos €2,4. Resultado: mais-valias de €209,4 mil.
Documentos a que o Expresso teve acesso mostram que, a 17 de Novembro de 2003, Cavaco Silva e a filha deram ordem de venda das suas acções, em cartas separadas endereçadas ao então presidente da administração da SLN, José Oliveira Costa. Este determinou que as 255.018 acções detidas por ambos fossem vendidas à SLN Valor, a maior accionista da SLN, na qual participam os maiores accionistas individuais desta empresa, entre os quais o próprio Oliveira Costa.
O Expresso voltou esta semana a contactar o PR. Perguntou-lhe outra vez quando se tornou accionista e porquê, qual o valor a que comprou as acções em 2001 e qual o valor a que as vendeu. Fonte oficial da Presidência da República respondeu: "O professor Cavaco Silva - que só tomou posse como Presidente da República em 9 de Março de 2006 - e a sua mulher não têm nada a acrescentar sobre a gestão das suas poupanças, relativamente ao que consta do comunicado emitido pela Presidência da República em 23 de Novembro de 2008".
Nesse comunicado podia ler-se que Cavaco Silva, no exercício da sua vida profissional, "nunca exerceu qualquer tipo de função no BPN ou em qualquer das suas empresas; nunca recebeu qualquer remuneração do BPN ou de qualquer das suas empresas; nunca comprou ou vendeu nada ao BPN ou a qualquer das suas empresas". Além disso, referiu que nem ele nem a sua mulher contraíram qualquer empréstimo junto do BPN nem devem um único euro a qualquer banco, nacional ou estrangeiro, nem a qualquer outra entidade. Mas sobre ter sido accionista da SLN - que controlava o BPN - nada disse.
O Expresso foi também consultar as declarações de rendimentos de Cavaco Silva. Nelas foi possível verificar que na mesma conta do BPN onde tinha depositadas as acções da SLN, Cavaco tinha, em 2005, €210.634. Com a venda das acções a €2,4 em Novembro de 2003, o PR obteve um encaixe de €252.907,2.
Os €2,4 não andavam, ao que o Expresso apurou, muito longe dos valores praticados noutras transacções de acções da SLN naquela altura. O BPN não estava cotado na Bolsa, pelo que a determinação do preço das acções não era feita pelas regras de mercado. Não havia, por isso, um preço de referência para as acções definido oficialmente.
A participação de Cavaco na SLN não terá sido muito diferente da de muitas pessoas que foram atraídas para o projecto de Oliveira Costa pelas perspectivas de valorização do grupo. O banqueiro utilizava os seus conhecimentos para trazer para o grupo accionistas de relevo, quer da área política quer da empresarial. Por isso não é de estranhar que também Cavaco tenha acedido a participar no projecto SLN/BPN, tendo em conta que Oliveira Costa foi secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de um dos seus governos.
Mas, apesar de tal ser natural - e de ter sido mais um entre os 400 accionistas da SLN em 2003 -, Cavaco nunca quis confirmar a relação que teve com a SLN. Esta semana manteve a mesma postura. O Expresso já tinha revelado, em Fevereiro de 2008, que Cavaco Silva fora accionista da SLN, informação que na altura foi confirmada pela própria SLN. Em Novembro questionou o PR, pedindo-lhe que explicasse essa relação.
Cavaco não quis fazer comentários. Em vez disso, fez sair, a 23 de Novembro (um dia após sair a notícia), o comunicado a que alude.
*com Joana Pereira Bastos
e ainda o que disse em declarações:
O Presidente da República, numa declaração feita hoje ao fim da tarde, e referindo-se a "um jornal de fim-de-semana", afirmou ter sido acusado de esconder que era accionista da SLN.
Face a isto, o Expresso reafirma o seguinte:
1. O Expresso nunca afirmou ou insinuou que o PR tinha cometido alguma ilegalidade ou sequer tinha escondido ter sido accionista da SLN.
2. O Expresso em todos os momentos interrogou previamente a Presidência da República sobre todos os aspectos relacionados com as acções de Cavaco Silva e sempre publicou com escrúpulo e seriedade as respostas que obteve, como aliás decorre do seu Código de Conduta;
3. O Expresso jamais teve acesso a qualquer comunicado do Presidente da República que nomeasse as suas acções na SLN (ou noutras sociedades), mas apenas o comunicado de 23 de Novembro de 2008, que aqui publicamos na íntegra.
4. O que afirmámos e reafirmamos é que Cavaco Silva sempre se recusou a assumir ter comprado ou vendido acções da sociedade que controlava o BPN. Na verdade, a primeira vez que o fez foi na curta declaração da tarde de hoje.
5. O Expresso continuará a escrutinar devidamente, e como é seu dever, os actos de todos os titulares de cargos políticos, tanto no decurso do tempo em que o exercem, como, naturalmente, nos tempos que precederam esse exercício.
6. Por não temer o confronto com a realidade, aqui se republicam os textos que constavam da edição de sábado, o já referido comunicado da Presidência da República de 23 de Novembro de 2008 e o vídeo, retirado do site da Presidência da República, com a declaração de hoje do Presidente da República.
TEXTOS DA EDIÇÃO DO EXPRESSO DE 30 DE MAIO
Cavaco teve 105.378 acções da SLN
Belém recusa explicar ligação à holding do BPN. Presidente foi accionista entre 2001 e 2003. Comprou, em conjunto com a filha, 250 mil acções a €1 que vendeu por €2,40.
Cavaco Silva obteve em 2003 mais-valias de 147 500 euros com a venda de acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que tinha comprado em 2001.
A sua filha, que também era accionista, vendeu as acções na mesma altura, obtendo ganhos de 209 400 euros.
O Presidente da República, questionado uma vez mais pelo Expresso, recusou confirmar esta sua antiga ligação accionista ao grupo SLN. Cavaco Silva foi um entre os 400 pequenos accionistas com que o grupo SLN contava em 2003.
O chefe do Estado remeteu o Expresso para um comunicado que fez sair em Novembro do ano passado, em que rejeitava quaisquer ligações ao BPN (controlado pela SLN). Mas sobre a SLN nada disse.
Cavaco ganhou €147 mil com SLN
O Presidente da República vendeu 105.378 acções em 2003 por €2,4 cada, que tinha comprado por €1. Mais uma vez, Cavaco não comenta. (Veja documento PDF no final do texto)
A passagem de Cavaco Silva pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), como accionista, foi lucrativa. O Presidente da República (PR) vendeu em Novembro de 2003 as 105.378 acções que tinha da SLN - empresa que até Novembro controlou o Banco Português de Negócios (BPN) -, por €2,4 cada. Tendo em conta que as tinha comprado em 2001 por €1, Cavaco obteve, com este negócio, ganhos de €147,5 mil.
Também a sua filha Patrícia era uma pequena accionista da SLN e vendeu 149.640 acções na mesma altura que o pai, pelos mesmos €2,4. Resultado: mais-valias de €209,4 mil.
Documentos a que o Expresso teve acesso mostram que, a 17 de Novembro de 2003, Cavaco Silva e a filha deram ordem de venda das suas acções, em cartas separadas endereçadas ao então presidente da administração da SLN, José Oliveira Costa. Este determinou que as 255.018 acções detidas por ambos fossem vendidas à SLN Valor, a maior accionista da SLN, na qual participam os maiores accionistas individuais desta empresa, entre os quais o próprio Oliveira Costa.
O Expresso voltou esta semana a contactar o PR. Perguntou-lhe outra vez quando se tornou accionista e porquê, qual o valor a que comprou as acções em 2001 e qual o valor a que as vendeu. Fonte oficial da Presidência da República respondeu: "O professor Cavaco Silva - que só tomou posse como Presidente da República em 9 de Março de 2006 - e a sua mulher não têm nada a acrescentar sobre a gestão das suas poupanças, relativamente ao que consta do comunicado emitido pela Presidência da República em 23 de Novembro de 2008".
Nesse comunicado podia ler-se que Cavaco Silva, no exercício da sua vida profissional, "nunca exerceu qualquer tipo de função no BPN ou em qualquer das suas empresas; nunca recebeu qualquer remuneração do BPN ou de qualquer das suas empresas; nunca comprou ou vendeu nada ao BPN ou a qualquer das suas empresas". Além disso, referiu que nem ele nem a sua mulher contraíram qualquer empréstimo junto do BPN nem devem um único euro a qualquer banco, nacional ou estrangeiro, nem a qualquer outra entidade. Mas sobre ter sido accionista da SLN - que controlava o BPN - nada disse.
O Expresso foi também consultar as declarações de rendimentos de Cavaco Silva. Nelas foi possível verificar que na mesma conta do BPN onde tinha depositadas as acções da SLN, Cavaco tinha, em 2005, €210.634. Com a venda das acções a €2,4 em Novembro de 2003, o PR obteve um encaixe de €252.907,2.
Os €2,4 não andavam, ao que o Expresso apurou, muito longe dos valores praticados noutras transacções de acções da SLN naquela altura. O BPN não estava cotado na Bolsa, pelo que a determinação do preço das acções não era feita pelas regras de mercado. Não havia, por isso, um preço de referência para as acções definido oficialmente.
A participação de Cavaco na SLN não terá sido muito diferente da de muitas pessoas que foram atraídas para o projecto de Oliveira Costa pelas perspectivas de valorização do grupo. O banqueiro utilizava os seus conhecimentos para trazer para o grupo accionistas de relevo, quer da área política quer da empresarial. Por isso não é de estranhar que também Cavaco tenha acedido a participar no projecto SLN/BPN, tendo em conta que Oliveira Costa foi secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de um dos seus governos.
Mas, apesar de tal ser natural - e de ter sido mais um entre os 400 accionistas da SLN em 2003 -, Cavaco nunca quis confirmar a relação que teve com a SLN. Esta semana manteve a mesma postura. O Expresso já tinha revelado, em Fevereiro de 2008, que Cavaco Silva fora accionista da SLN, informação que na altura foi confirmada pela própria SLN. Em Novembro questionou o PR, pedindo-lhe que explicasse essa relação.
Cavaco não quis fazer comentários. Em vez disso, fez sair, a 23 de Novembro (um dia após sair a notícia), o comunicado a que alude.
*com Joana Pereira Bastos
E o actual presidente remete todos os Portugueses para este comunicado:
http://www.presidencia.pt/?idc=10&idi=22327
"Nos últimos dias, detectou a Presidência da República, face a contactos estabelecidos por jornalistas, tentativas de associar o nome do Presidente da República à situação do Banco Português de Negócios (BPN).
Não podendo o Presidente da República tolerar a continuação de mentiras e insinuações visando pôr em causa o seu bom nome, esclarece-se o seguinte:
1. O Prof. Aníbal Cavaco Silva, no exercício da sua vida profissional, antes de desempenhar as actuais funções (nem posteriormente, como é óbvio):
a) nunca exerceu qualquer tipo de função no BPN ou em qualquer das suas empresas;
b) nunca recebeu qualquer remuneração do BPN ou de qualquer das suas empresas;
c) nunca comprou ou vendeu nada ao BPN ou a qualquer das suas empresas.
2. O Prof. Cavaco Silva e a sua Mulher:
a) nunca contraíram qualquer empréstimo junto do BPN;
b) não devem um único euro a qualquer banco, nacional ou estrangeiro, nem a qualquer outra entidade.
3. O Prof. Cavaco Silva e a sua Mulher têm, há muitos anos, a gestão das suas poupanças entregues a quatro bancos portugueses – incluindo o BPN, desde 2000 – conforme consta, discriminado em detalhe, na Declaração de Património e Rendimentos entregue no Tribunal Constitucional, a qual pode ser consultada.
As aplicações feitas pelos bancos gestores constam, detalhadamente, da referida Declaração de Património, entregue no Tribunal Constitucional – assim como o número de todas as contas bancárias do casal, excepto uma, aberta no Montepio Geral, por acolher apenas depósitos à ordem - a qual, repete-se, pode ser consultada.
As alienações de títulos efectuadas pelos bancos gestores constam, nos termos da lei, e como pode ser verificado, das declarações de IRS do Prof. Aníbal Cavaco Silva e de sua Mulher, preenchidas com base nas informações fornecidas anualmente pelos referidos bancos.
4. Ao tomar posse como Presidente da República, o Prof. Cavaco Silva e a sua Mulher deram instruções aos bancos gestores das suas poupanças para não voltarem a comprar ou vender quaisquer acções de empresas portuguesas, excepto no exercício de direitos de preferência.
Palácio de Belém, 23 de Novembro de 2008"
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