Vou falar de pensões, reformas ou o que lhe queiram chamar.
É um dos temas que mais abordo, por me parecer o que mais injustiças tem, a começar por sua Exª o Sr. Presidente da República, que, faz ou manda fazer para si próprio as leis que melhor se ajustam às suas tão descabidas pensões bancárias e não só.
Mas hoje falo de dois amigos próximos:
Ambos professores, começando a vida por serem primários, actualmente chamados professores do ensino básico.
O primeiro, hoje com 55 anos, fez toda a sua carreira só no primário. O sindicato de professores abriu ou fez abrir uma prerrogativa que lhe permitiu fazer um curso pós horário laboral, permitindo-lhe assim ter um grau que em Portugal chamam de sr. doutor e ao mesmo tempo chegar ao topo da carreira e bem assim ao escalão máximo de reforma. Como começou a trabalhar com 18 anos , com 54 anos reformou-se com uma quantia de cerca de 2.500 euros. Ou seja, se Deus lhe der vida e saúde, viverá mais tempo com um salário máximo sem fazer nada do que o que recebeu (proporcionalmente) a trabalhar.
O segundo, com 57 anos, iniciou também aos 18 como prof. primário. Ao mesmo tempo ingressou na Universidade de Letras e preparou-se para leccionar nas cadeiras ligadas ao Português e História, passando a exercer numa das escolas mais prestigiadas do País.
Porque se ausentou alguns anos de Portugal, exercendo numa ex colónia, só agora atingiu o final. A sua reforma é de cerca de 1.900 euros.
Pergunto, onde está a justiça social?
É tempo de se acabar com todas estas desigualdades. A reforma, como já tenho dito, não é um vencimento. É uma recompensa pelo trabalho prestado, de forma a que se possa ter uma vida digna até ao final de vida.
O Governo deve actuar. Eu só preciso de um Governo que actue e que seja igual, tal como um pai. Todos os professores, ou outra profissão qualquer deveriam ter igual reforma, proporcional aos anos de serviço. Por exemplo, para um professor, poderia ser 1.500 euros, com 36 anos de serviço, para outra profissão seria o que bem se entendesse. Mas para igual trabalho igual recompensa. Claro, tendo em atenção os anos de serviço. E quem fala de professores fala de ministros, presidentes, etc.
Digam alguma coisa sobre isto.
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